"No Reino Unido há cada vez mais empresas farmacêuticas a apostar na política Direct to Pharmacy (DTP), noticia “Pharma Adhoc”. DTP consiste na distribuição exclusiva dos produtos de uma farmacêutica através de parceiros logísticos. A primeira farmacêutica a adoptar DTP foi a Pfizer em Março de 2007, tendo sido seguida pela Sanofi-Aventis , Napp. A farmacêutica Eli Lilly anunciou recentemente, que a partir do Verão de 2009, irá adoptar esta estratégia para a distribuição dos seus produtos."
in Diário Farmacêutico, 02/12/2008
Ora, no contexto português actual, com a formação de novas "cooperações" entre farmácias e indústria farmacêutica, eis que surge algo no horizonte britânico que (perdoem-me a ignorância!) ainda não tinha ouvido falar: o modelo DTP.
Muito resumidamente, eis algumas apresentações sobre o modelo:
- http://www.ghp.org.uk/ContentFiles/ghppdig0706d(2).ppt#1531,1,‘Direct to Pharmacy’
- http://www.psmg.info/images/Richard_Huckle.ppt
Com as actuais - sujeitas a mudança iminente -margens de comercialização de medicamentos comparticipados de:
- margem de comercialização do armazenista: 6,87 % do PVP (sem IVA);
- margem de comercialização da farmácia: 18,25 % do PVP (sem IVA);
- taxa de comercialização dos medicamentos: 0,4 % do PVP (sem IVA);
- IVA : taxa de 5 %.
Faria sentido em Portugal?
terça-feira, dezembro 02, 2008
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7 comentários:
Querida MC, nos últimos dias tenho andado em cima desse tema.
A DTP irá, sem sombra de dúvidas, ser implementada em Portugal. Ainda para mais depois da anunciada liberalização das margens.
Nisto tudo os grossistas serão passados para trás e veremos como se aguentarão.
A grande questão está: será que será melhor para as farmácias?? E para os utentes? E para o estado?
No meu ponto de vista só o tempo fará com que todas estas interrogações se dissipem, pois irá depender da possibilidade de importação dos medicamentos (por parte das farmácias) e da capacidade negocial quer de farmácias quer da IF.
Penso que apenas grupos de farmácias organizados terão capacidade para negociar directamente com a IF sem perder margem, podendo até conseguir melhores condições.
Aquelas farmácias tipo: "orgulhosamente sós", estão condenadas!! Estamos no meio do período de maior transformação no sector da farmácia Portuguesa.
Deixa-me acrescentar que a Pizer já anda à cerca de 1 ou 2 anos a vender directamente às farmácias. Cometeu muitos erros e contribuiu em grande para o refluxo de medicamentos da farmácia para o armazenista.
O Pocoyo anda muito informado!!! ;-)
É tão bom ter o feed-back de outros parceiros no circuito do medicamento! Temos de manter o nível, não achas?
Ainda na salvaguarda da minha ignorância, penso que os grossistas ou "cooperativas" de farmácias podem ter aqui não uma adversidade mas uma oportunidade: passarem a ser os parceiros logísticos das empresas, oferecerem o serviço completo (informático, transporte, etc), mediante um fee por embalagem, sem chatices de acumulações de stocks e prejuízos associados, parece-me uma boa área de negócio... Boa? ;-)
Quanto às farmácias, a desvantagem óbvia é deixarem de centralizar as compras, mas por outro lado, não tenho dúvida que sem a margem dos grossistas, a farmácia poderá fazer bons negócios... E és isto que se quer, certo? Logo a seguir à defesa da saúde públca, claro está...
Para mim os grosistas irão passar um mau bocado, não me parece que estejam preparados para o que aí vem. A desorganização é "rei e senhor" neste tipo de estruturas.
Os grossistas têm outro problema, são estruturas muito pesadas e têm pouca capacidade de adaptação. Nesta altura do campeonato já deviam estar a ser "umbrelas" de vários grupos de farmácias tipo MPS.
Aquilo que dizes tem toda a lógica e penso que os grossistas mais bem organizados (estruturas mais pequenas) têm uma boa oportunidade de negócio, os outros ou começam a comprar farmácias ou estão tramados.
É muito importante mantermos o nível, temos tudo a ganhar com isso.
Caro Pocoyo, a Pfizer não faz venda directa, trabalha com os stocks dos armazenistas e apenas recolhe pedidos.
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