Guidobaldo:
Opinar sobre a profissão de farmacêutico tornou-se desporto de alguns. Vamos ver se não teremos de começar a opinar sobre outras profissões. Apesar de termos as costas largas, não somos propriamente sacos de treino de boxe. Se o padrão da terapêutica medicamentosa é o que é, provavelmente deve-se às margens das farmácias. Se há falhanços redondos no desempenho de hospitais, provavelmente deve-se aos farmacêuticos hospitalares. As colossais fortunas gastas pelo Ministéro da Saúde em sistemas ditos de informação e que pura e simplesmente não existem, devem-se à ANF. A permissividade dos hospitais à entrada de tecnologias de duvidoso e nunca demonstrado valor acrescido deve-se ao Núcleo Duro de Farmácia.
Os "numerus clausus" de medicina não têm qualquer impacto no sistema e nos serviços de saúde.
As vagas de acesso às especialidades médicas não têm modulado a decisão política ao longo dos anos.
A existência de escola privadas em todos, TODOS, os cursos de saúde, com excepção de Medicina é um mero acaso.
O facto do preço médio da consulta médica (privada) em Portugal estar muito acima da média da UE a 15 e da OCDE deve-se a um excesso de oferta.
A "cunha" deixou de ser um critério de internamento hospitalar.
A auditoria clínica é uma prática de rotina para a melhoria contínua da qualidade.
O erro médico só existe nos Estados Unidos da América.
De facto para alguns, médicos e não só, farmacêuticos é o que está a dar.
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1 comentário:
Texto brilhante.
Como já mencionei, parece-me que todos os restantes parceiros do sector da saúde em Portugal estão caladinhos. Enquanto o chicote estiver deste lado... as costas deles sempre folgam...
O respeitinho é bonito!
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