domingo, julho 30, 2006

Charisma Trial - Clopidogrel

Extractos da Secção de Correspondência do NEJM de 27 de Julho de 2006

"To the Editor: The CHARISMA trial suffers from a basic methodologic limitation, also present in prior large trials of clopidogrel: the Clopidogrel versus Aspirin in Patients at Risk of Ischaemic Events (CAPRIE) trial1 and the Clopidogrel in Unstable Angina to Prevent Recurrent Events (CURE) study.2 In a study designed to compare the effectiveness (in terms of the prevention of thrombotic events) of one antiplatelet therapy (aspirin) with that of a second therapy (clopidogrel with or without aspirin), the results are obviously biased toward the second therapy if patients who had a thrombotic event while taking aspirin (owing to the failure of aspirin therapy) are included. From methodologic and clinical standpoints, patients with and those without a history of unsuccessful aspirin therapy can be included in the study but should be separated at randomization and in analyses."

"The author replies: The combination of clopidogrel and aspirin was indeed associated with an increased incidence of bleeding complications, as compared with aspirin alone, as noted by Kongsaengdao and Arayawichanont. Their Table 1 is correct except for the double-counting of the severe and moderate bleeding complications that occurred in some patients. Fatal and intracerebral hemorrhage were tallied in the severe bleeding category. The correct point estimate for severe and moderate bleeding among patients receiving aspirin and placebo is 2.5 percent, and that for the composite of fatal bleeding, intracerebral hemorrhage, and moderate bleeding is 2.6 percent among patients receiving clopidogrel and aspirin."

"To the Editor: In the April 20 issue Bhatt et al. reported the results of the Clopidogrel for High Atherothrombotic Risk and Ischemic Stabilization, Management, and Avoidance (CHARISMA) study.1 As a vascular neurologist, I want to highlight a specific piece of information that may be missed in the wealth of data provided in the article.
Table 4 indicates that there was a marginal reduction in the risk of nonfatal stroke among patients receiving the dual antiplatelet therapy, as compared with patients receiving placebo plus aspirin, despite the fact that there were similar rates of nonfatal ischemic stroke in the two groups. Since there was no difference in the overall occurrence of primary intracranial hemorrhage, these numbers can be explained only by an excess of fatal intracerebral hemorrhages in the group receiving clopidogrel plus aspirin (nine patients, as compared with two patients in the group receiving placebo plus aspirin, according to my calculations).
Even though the incidence of fatal intracerebral hemorrhage in the total population was very low, the difference in the distribution of this complication between the two groups deserves to be noted."

sábado, julho 22, 2006

Numa Farmácia...

Certo dia numa farmácia pergunta o farmacêutico ao utente aquando da dispensa de determinado medicamento conhecido por provocar sonolência:
- Trabalha com máquinas?
Ao que responde o utente prontamente:
- Sim, sim, ao computador! (!?!?!?)

terça-feira, julho 18, 2006

segunda-feira, julho 17, 2006

Meios complementares de diagnostico nas Farmácias?

"O documento apresentado pelo Governo sobre os princípios para a liberalização da propriedade de farmácia, que inclui a realização de meios auxiliares de diagnóstico, está a levantar uma onda de protestos dentro do sector. Para a Ordem dos Médicos do Norte, a realização desses exames nas farmácias é ilegal, pelo que vai pedir ao provedor de Justiça que avalie o protocolo que o Governo estabeleceu com a Associação Nacional de Farmácias (ANF)." in "Fábricadeconteúdos.com

"Ordem dos Médicos contra administração de medicamentos em farmácias " in Públicio.pt

Os Farmacêuticos de oficina, e a ANF atravès do seu presidente poderão ter que travar uma das suas maiores "lutas" dos ultimos tempos.
Se o poder político cumprir o seu acordo de intenções com a ANF, as farmácias poderão estar habilitadas a realizar análises , administrar farmacos injectáveis e prestar 1ºs socorros, entre outros. A reacção "mais agressiva" da ordem dos médicos vem do norte, a sua secção mais interventiva e "fundamentali+*+". Será que valerá a pena "comprar" esta guerra? Será benéfico invadirmos a fronteira que foi á tanto tempo delineada? Ou teremos nós a formação e capacidade para encarármos este novo desafio como uma mais valia para a nossa profissão? "Postem" á vontade!!

Teriparatida (Forsteo)

Aproveitando o ranelato de estrôncio introduzo para discussão a Teriparatida (marca=Forsteo). Tem aprovação para o tratamento da osteoporose estabelecida em mulheres pós-menopáusicas. Proponho que se faça uma discussão e âmbito idêntico ao do ranelato. Aprovação de comparticipação, inovação terapêutica e comparador activo.

Um abraço a todos. JFP.

quinta-feira, julho 13, 2006

Ranelato de Estrôncio (PARTE 2)

Encontra-se em avaliação o pedido de comparticipação do ranelato de estrôncio, aprovado na UE para o tratamento da osteoporose pós-menopausa.

Até à data não conheço qualquer estudo controlado com comparador activo. Há 2 ensaios clínicos com os acrónimos de SOTI e TROPOS.

Vou tentar encontrá-los e comentá-los.

Agradeço colaboração para conjuntamente discutirmos se se trata ou não de uma inovação e qual o lugar do ranelato de estrôncio na farmacoterapia.

# posted by guidobaldo @ 4:07 PM
Comments:
Há este artigo no NEJM que disponibilizo para quem queira sacar: Strontium Ranelate
É um ensaio clínico phase 3. Creio que é o SOTI.

E voltamos ao mesmo. O estudo é feito versus placebo.
# posted by JFP : 4:50 PM

Vamos estudar e estar atentos à decisão de comparticipação: comparador e preço.
# posted by fbm : 4:57 PM

Não resisto.. e coloco mais este link: link Página da EMEA, para nos ajudar no estudo.
# posted by JFP : 5:00 PM

Obrigado.
# posted by fbm : 5:05 PM

Encontri mais dois ensaios clínicos. O STRATOS e o PREVOS. Mas só consigo ter o artigo completo do STRATO. Alguém arranja o PREVOS?
# posted by JFP : 7:33 PM

Acabei de encontrar o TROPOS.
# posted by JFP : 9:31 PM

O que é ser farmacêutico???

Na minha faculdade aprendi que o farmacêutico era o especialista do medicamento, bla, bla, bla. Mas para mim, o que achei mais interessante foi quando referiu que o farmacêutico tambem era agente de saúde pública. o que é isso? Para que serve? Dá créditos para renovação da "carta"?? Dê exemplos práticos...

terça-feira, julho 11, 2006

Acordo com Associação Nacional de Farmácias foi denunciado pelo Ministério da Saúde


10.07.2006 - 15h31 Lusa -->in Público

O ministro da Saúde, António Correia de Campos, disse hoje que foi o seu ministério que denunciou o acordo vigente com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) para o pagamento do valor dos medicamentos comparticipados pelo Estado.

"Isso não é nenhuma novidade. O acordo com ANF tinha de ser denunciado até ao final do primeiro semestre e foi-o silenciosamente. Avisei o presidente [da ANF, João Carlos Cordeiro] calmamente e não há nenhum drama nessa matéria", afirmou Correia de Campos, no final de uma visita ao Hospital Distrital de Faro, onde inaugurou a nova unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

Em declarações à edição de hoje do "Diário Económico", Correia de Campos indica que o Ministério da Saúde vai criar um fundo público para pagar o valor da comparticipação dos medicamentos às farmácias sem qualquer atraso, prescindindo da ANF, que até aqui pagava aos seus associados recebendo posteriormente o dinheiro da tutela.

O ministro sublinhou que esse objectivo não é novo, pois já estava previsto na lei do Orçamento de Estado para 2006.

"A lei do Orçamento de Estado para 2006, no seu artigo 8º, determina que não haverá mais intermediação financeira da forma como ela vinha a ser feita. Será só realizado com despacho conjunto do ministro das Finanças e do ministro da Saúde", precisou.

Correia de Campos explicou que, juntamente com o seu colega das Finanças, Teixeira dos Santos, quer "organizar um sistema de intermediação que garanta que os farmacêuticos, os proprietários de farmácias, tenham os seus pagamentos com uma rapidez e condições de custo melhores que as que têm hoje". "É esse o nosso desafio", sublinhou.

O ministro da Saúde respondeu ainda às críticas de que a medida afectaria o poder negocial da ANF, considerando que "não visa retirar poder a ninguém, mas simplesmente a pagar a tempo e horas".

domingo, julho 09, 2006

SÓ COMIGO.....

Hoje, 9/07/2006, estava a realizar um teste colesterol total (CT), quando em conversa com o utente, verifiquei que tinha realizado recentemente dois testes. Conversa puxa conversa e...
Em meados de Junho tinha realizado um teste com 271 de CT, e como este valor estava alto pediu ajuda ao farmaceutico ou tecnico na respectiva farmácia que lhe VENDEU uma sinvastatina 20 mg ao jantar. Passados 15 dias foi repetir o teste e estava com 176. Foi-lhe aconselhado passar a fazer 10mg/dia. Hoje veio confirmar o resultado estava a 196mg/dl. O que fazer: passar a 20mg/dia, manter 10mg/dia.???
Nao me peçam para denunciar alguem porque eu nao sou fiscal nem da PJ. O que eu queria era uma ajuda técnica...

sexta-feira, julho 07, 2006

Como sou jovem e inocente

Como sou jovem e inocente, ainda tenho uma tendencia inata para o abismo. Manipulados, preços e afins. Acho que é um bom tema para largas horas de reflecções. Gostava de saber a vossa opinião sobre MANIPULADOS.
Para começar: os "boticários" manipulavam, e os actuais farmaceuticos??? Se cada manipulado é próprio para cada doente, acho que a sua produção devia ser estimulada e não destruida. Aguardo bons comentários, mas não do tipo: eu faço, eu não faço....

terça-feira, julho 04, 2006

O seu a seu dono

Muitos posts a comentar e pouco tempo para o fazer... Mas penso que as conversas já vão adiantadas e o diálogo muito rico, principalmente de quem tem experiência do outro lado do balcão. E portanto, o seu a seu dono... Não tenho qualquer tipo de dúvida que as questões levantadas referentes à farmácia de oficina foram muito bem esmiuçadas, sendo o desafio que gostaria de lançar é o de comentar do lado de cá do balcão, como advogado do diabo.. Ou advogada, se quiserem. Lanço o desafio: experimentem deslocarem-se a outras farmácias e solicitarem por um “Viternum” ou “Clonix” sem receita médica, e depois digam de vossa justiça. Uma delícia... E esqueçam, por uns momentos, a questão da RM. Fiquemo-nos pelo (possível) diálogo que pode ou não surgir mediante a vossa solicitação.
Porque, na minha modesta e extremamente simplista e redutora opinião, o busílis da questão resume-se da seguinte forma: a mercearia ao virar da esquina tem os legumes mais frescos, pelo que eu prefiro comprá-los aí do que nas grandes superfícies...
Deixo-vos com esta salada para temperar.