segunda-feira, outubro 22, 2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
OMALIZUMAB!!
Omalizumab, um AcM que tem sido apresentado como um grande avanço no tratamento da asma, foi avaliado pela Prescrire. O veredicto é: "Not Acceptable". "When severe allergic asthma is anedequately controled by a steroid plus a long-acting beta-2 agonist, the addition of omalizumab seems to prevent one emergency about every 3 patient-years. in the short term there is a risk of pottentially severe anaphylactic reactions. Long-term adverse effects are unknown but may include an increased risk of cancer. We consider it imprudent to use omalizumab until additional data become available. It is better to focus on the proper use of existing treatments."
quarta-feira, outubro 10, 2007
Um novo rumo
Apesar do interregno prolongado de posts, decidiu a administração deste blog e todos os seus colaboradores numa reflexão pensada e discutida entre todos, dar um novo rumo a este nosso espaço.
O Blog surgiu no seio de um grupo de jovens farmacêuticos que se iniciou num projecto ambicioso, a primeira pós-graduação em Farmacoterapia.
Esta pós-graduação veio de algum modo revolucionar o ensino desta vertente da profissão, colmatando muitas brechas na nossa formação pré-graduada, porque integrava a matéria teórica num ambiente hospitalar real, onde tínhamos o doente á nossa frente.
Após o termino do curso, e porque parar é morrer, é nossa intenção constituir um grupo de reflexão (e porque não de trabalho!), onde possamos de alguma forma estar atentos á área do medicamento e ao seu uso racional.
O cerne da nossa reflexão/trabalho terá como objectivo a optimização da terapêutica medicamentosa, e consequentemente a promoção de mais e melhor saúde e qualidade de vida para o doente.
Para alcançar os objectivos desejados, as decisões terapêuticas devem ser suportadas por evidência científica robusta e princípios éticos, profissionais, sociais e económicos,
Será prioridade a avaliação da introdução de novas moléculas no mercado e os estudos que suportaram a sua AIM (eficácia, segurança, avaliação beneficio/risco, comparador activo),
Estaremos atentos a informações de segurança – revisão benefício-risco, retiradas do mercado,etc,
Apoiaremos a prescrição por DCI,
Objectivar a elaboração de normas de orientação clínica e protocolos terapêuticos baseados na ultima evidência cientifica disponível,
Estes são alguns dos pontos de reflexão e de trabalho que farão a linha condutora do nosso blog, e das nossas reuniões periódicas.
Será talvez um tubo de ensaio para algo mais ambicioso
Serão todos bem vindos aqueles que quiserem contribuir para este espaço de reflexão.
Um abraço a todos e mão á obra
O Blog surgiu no seio de um grupo de jovens farmacêuticos que se iniciou num projecto ambicioso, a primeira pós-graduação em Farmacoterapia.
Esta pós-graduação veio de algum modo revolucionar o ensino desta vertente da profissão, colmatando muitas brechas na nossa formação pré-graduada, porque integrava a matéria teórica num ambiente hospitalar real, onde tínhamos o doente á nossa frente.
Após o termino do curso, e porque parar é morrer, é nossa intenção constituir um grupo de reflexão (e porque não de trabalho!), onde possamos de alguma forma estar atentos á área do medicamento e ao seu uso racional.
O cerne da nossa reflexão/trabalho terá como objectivo a optimização da terapêutica medicamentosa, e consequentemente a promoção de mais e melhor saúde e qualidade de vida para o doente.
Para alcançar os objectivos desejados, as decisões terapêuticas devem ser suportadas por evidência científica robusta e princípios éticos, profissionais, sociais e económicos,
Será prioridade a avaliação da introdução de novas moléculas no mercado e os estudos que suportaram a sua AIM (eficácia, segurança, avaliação beneficio/risco, comparador activo),
Estaremos atentos a informações de segurança – revisão benefício-risco, retiradas do mercado,etc,
Apoiaremos a prescrição por DCI,
Objectivar a elaboração de normas de orientação clínica e protocolos terapêuticos baseados na ultima evidência cientifica disponível,
Estes são alguns dos pontos de reflexão e de trabalho que farão a linha condutora do nosso blog, e das nossas reuniões periódicas.
Será talvez um tubo de ensaio para algo mais ambicioso
Serão todos bem vindos aqueles que quiserem contribuir para este espaço de reflexão.
Um abraço a todos e mão á obra
segunda-feira, setembro 03, 2007
Sobre o Decreto-Lei n.º 307/2007
Sobre o referido decreto pouco haverá a dizer... no entanto aprecio o artigo 6.º.
Diz assim:
Diz assim:
"Artigo 6.º
Dever de dispensa de medicamentos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as
farmácias têm o dever de dispensar medicamentos nas
condições legalmente previstas.
2 — Os medicamentos sujeitos a receita médica só
podem ser dispensados aos utentes que a apresentem, salvo
casos de força maior, devidamente justificados."
Dever de dispensa de medicamentos
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as
farmácias têm o dever de dispensar medicamentos nas
condições legalmente previstas.
2 — Os medicamentos sujeitos a receita médica só
podem ser dispensados aos utentes que a apresentem, salvo
casos de força maior, devidamente justificados."
Poderão até dizer que já é prática comum, que já se encontrava assim legislado (confesso que não sei se assim é), mas uma coisa é certa... que agora muitos poderão alegar casos de força maior... ah... isso será certinho como o destino!
Cumprimentos a todos deste vosso blog... e siga a "cumbersa"!
quarta-feira, agosto 08, 2007
quinta-feira, junho 07, 2007
FDA Approves JANUMET (tm) (sitagliptin/metformin HCl)
Janumet | sitagliptin/metformin hydrochloride | Merck | 30-Mar-2007 |
sexta-feira, junho 01, 2007
QUEM VENCERÁ??
A Campanha já começou!! O Núcleo Duro de Farmácia já entregou as 10 medidas que gostaríamos de vêr debatidas, às candidatas.
1. Modelo funcional da farmácia comunitária: mudança da centralidade do paradigma: do produto para o serviço;
2. Investimento estratégico do modelo de exercício profissional na prestação de serviços centralizados nas necessidades dos doentes;
3. Re-definição das especialidades profissionais e necessidade da emergência da farmacoterapia enquanto área de especialização;
4. Aproximação às faculdades e necessidade de ensino clínico em pré-graduação;
5. Estatuto remuneratório do farmacêutico comunitário;
6. Re-engenharia das bases técnico-científicas da consolidação profissional: da genómica ao "health services research, outcomes research and health economics";
7. Modelo e objectivos de formação contínua para efeitos de renovação da carteira profissional;
8. Auto-regulação profissional;
9. Política de relações inter-instituições farmacêuticas;
10. A farmácia nas políticas de saúde.
Vamos ao debate de ideias!!!
quinta-feira, maio 24, 2007
ROSIGLITAZONA
Segundo uma meta análise publicada no nejm desta semana, a rosiglitazona aumenta o risco de enfarte de miocárdio e o risco de morte por causa cardiovascular.
quarta-feira, maio 16, 2007
Introducing HPV Vaccine in Developing Countries — Key Challenges and Issues
Também do New England Journal of Medicine ressalvo parte do Editorial
The factors with the greatest influence on the cost-effectiveness of vaccination will be the price of the vaccine and the costs of a program to reach adolescents. An analysis of options for cervical-cancer control in Brazil found that at a cost of $5 per dose (excluding wastage, administration, and costs of programs), the cost-effectiveness ratio associated with adolescent vaccination would be less than $150 per year of life saved, and vaccination combined with screening women three times during their lifetime would meet the criteria for a very cost-effective intervention.3 At a price of $100 per dose, vaccination would not be cost-effective, as compared with screening three times per lifetime. For countries with a gross domestic product of less than $1,000 per capita, the per-dose cost may need to be as low as $1 to $2 to make vaccination both cost-effective and affordable.
The factors with the greatest influence on the cost-effectiveness of vaccination will be the price of the vaccine and the costs of a program to reach adolescents. An analysis of options for cervical-cancer control in Brazil found that at a cost of $5 per dose (excluding wastage, administration, and costs of programs), the cost-effectiveness ratio associated with adolescent vaccination would be less than $150 per year of life saved, and vaccination combined with screening women three times during their lifetime would meet the criteria for a very cost-effective intervention.3 At a price of $100 per dose, vaccination would not be cost-effective, as compared with screening three times per lifetime. For countries with a gross domestic product of less than $1,000 per capita, the per-dose cost may need to be as low as $1 to $2 to make vaccination both cost-effective and affordable.
quinta-feira, maio 10, 2007
Estudo sobre a Vacina quadrivalente contra HPV (Gardasil) publicada no NEJM
À cerca de três semanas atrás, foi chumbada na A.R. pelo PS a inclusão da vacina para prevenção do cancro do colo do útero no PNV.
A justificação dada foi a de que ainda existem poucos estudos publicados sobre a eficácia da vacina.
Mas já começam a surgir estudos publicados, como o desta semana no NEJM com resultados bastante satisfatórios no endpoint primário estabelecido.
"Results Subjects were followed for an average of 3 years after receiving the first dose of vaccine or placebo. Vaccine efficacy for the prevention of the primary composite end point was 98% (95.89% confidence interval [CI], 86 to 100) in the per-protocol susceptible population and 44% (95% CI, 26 to 58) in an intention-to-treat population of all women who had undergone randomization (those with or without previous infection). The estimated vaccine efficacy against all high-grade cervical lesions, regardless of causal HPV type, in this intention-to-treat population was 17% (95% CI, 1 to 31).
Conclusions In young women who had not been previously infected with HPV-16 or HPV-18, those in the vaccine group had a significantly lower occurrence of high-grade cervical intraepithelial neoplasia related to HPV-16 or HPV-18 than did those in the placebo group. (ClinicalTrials.gov number, NCT00092534 [ClinicalTrials.gov] .) " NEJM
Volume 356:1915-1927
May 10, 2007
Conclusions In young women who had not been previously infected with HPV-16 or HPV-18, those in the vaccine group had a significantly lower occurrence of high-grade cervical intraepithelial neoplasia related to HPV-16 or HPV-18 than did those in the placebo group. (ClinicalTrials.gov number, NCT00092534 [ClinicalTrials.gov] .) " NEJM
Volume 356:1915-1927
May 10, 2007
Os estados que se cuidem pois vão provavelmente começar a ser pressionados para a inclusão nos PNV ou para a comparticipação de uma vacina que nas 3 doses custa cerca de 480€
terça-feira, maio 08, 2007
Frequência da Administração
O Núcleo Duro de Farmácia está cada vez mais como os bisfosfonatos... não falta muito para ser de ano a ano...
quarta-feira, maio 02, 2007
Ácido Zoledrónico
Um RCT publicado no nejm desta semana apresenta resultados muito bons na redução de fracturas e vertebrais e não vertebrais. Será este bifosfonato melhor que os outros?? Os resultados prometem, mas sem estudos com comparador activo parece-me cedo para deitar foguetes.
O regime posológico apresenta como vantagem (ou será desvantagem?) o facto de ser de administração única anual.
Vamos aguardar por mais estudos, nomeadamente com comparador activo e de segurança, para verificar se estamos realmente na presença de uma inovação.
O regime posológico apresenta como vantagem (ou será desvantagem?) o facto de ser de administração única anual.
Vamos aguardar por mais estudos, nomeadamente com comparador activo e de segurança, para verificar se estamos realmente na presença de uma inovação.
terça-feira, maio 01, 2007
sexta-feira, abril 20, 2007
As farmácias
Parece que é desta vez que o Governo, com a autorização da Assembleia da República vai “atacar” a propriedade das farmácias pelos farmacêuticos. Seguindo a tradicional medicocridade portuguesa de não suportar nada que funcione bem e tenha sucesso, não descansando enquanto tal anómala situação não desapareça, tudo se prepara para tornar a propriedade das farmácias livre, podendo, quem assim o quiser e puder, adquirir e explorar até quatro farmácias. Em perfeita sintonia com esta democracia de opinião em que todos emitem juizos sobre o que não sabem, julgando, louvando ou condenando sem pudor nem vergonha, um “Sobe e Desce” do “Público” de há dias, condenava, com fotografia e tudo, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Aranda da Silva, por este ter proposto que, pelo menos, os farmacêuticos tivessem a maioria do capital das farmácias, o que, evidentemente, mereceu fogueira do jornalista, por, e cito “os monopólios e os sectores protegidos da concorrência são um local muito confortável, não admira, por isso, que quem lá está não queira abrir mão desses paraísos, como agora acontece com a Ordem dos Farmacêuticos”.E vai daí, penas do infernpo para a Ordem e o bastonário que está defender previlégios iníquos. Será que não passa pela cabeça desta criatura, com certeza jornalista senior de um jornal de prestígio, que há muita gente, felizmente, que não é movida só pelos meros interesses económicos e que um Bastonário tem o direito, e nós o dever, de ser ouvido e discutido sem reservas mentais? E o que se pode dizer sobre esta iniciativa dos políticos de retirarem aos farmaceuticos a propriedade do seu lugar de trabalho, do seu “consultório”, do “seu escritório”, como sucede com médicos, advogados e tantos outros? Primeiro que tudo, que é extemporãneo, porque não existe qualquer situação-problema, o universo das farmácias funciona bem, é constituido por cerca de tres mil empresas familiares, sem possibilidade de criação de oligo ou monopólios e baseado, apenas, no “monopólio” da competência, tal como a medicina é monopólio dos médicos, a justiça dos magistrados e advogados ou a enfermagem dos enfermeiros.Podia ser de outra maneira? Claro que podia. Estes sectores podem estar abertos, como agora o Governo quer, a quem quiser investir no sector, respeitando as exigências profissionais, mas abrindo-se ao mercado e às leis que o regem, com concorrência, saldos, descontos e tudo o que o mercado permite com um qualquer produto.Mas, no caso das farmácias, e agora só nos interessa discutir este sector, que vantagens traria destruir um universo em que proprietário e técnico se reunem na mesma pessoa, numa tradição de gerações, com óptimos resultados, em que a aquisição de qualquer medicamento é fácil, a sua boa armazenagem é garantida, onde a informação e o aconselhamento é permanente e em que a distribuição espacial no território é total, numa rede que dota o país de uma farmácia para quatro mil portugueses?Que princípio gestionário ou ideológico levará os políticos do Governo e da maioria que o apoia a querer modificar, sem nenhuma razão aparente, sabendo dos resultados perniciosos que medidas semelhantes causaram nos paises que as tomaram (aparecimento de oligopólios, passagem dos farmacêuticos a empregados, desaparecimento das PME que eram as farmácias familiares), conhecendo a boa qualidade dos serviços prestados pela actual forma de organização do sector em Portugal, que princípios políticos e gestionários, repito, tornam necessárias, úteis e tempestivas as medidas projectadas?Nenhuns, excepto o darem à má opinião pública que os “Sobe e Desce” dos jornais alimentam a satisfação ridícula de verem desaparecer o que acusam de privilégios.Curiosamente, esta razão de ”esquerda”, natural numa tacanha visão socialista da sociedade, conduz os mesmos socialistas a tomarem uma medida liberalizadora do mercado social dos medicamentos que só a pior “direita” iliberal pensaria.Ainda se poderia admitir que o Governo facilitasse o mercado a mais farmacêuticos, diminuindo o ratio de 4000 habitantes por farmácia para valores mais baixos e abrindo concursos a novos proprietários farmacêuticos ou que, como sugeriu o Prof. Aranda da Silva, obrigasse a que, pelo menos 50% do capital das farmácias, pertencesse a farmacêuticos, mas não.O que o Governo quer é desfazer previlégios que considera inaceitáveis, nem que disso resultem malefícios para o cidadão, que verá modificar-se seguramente o ambiente em que é prestado o serviço nas farmácias.Porque numa altura em que se estão a criar, e muito bem, as Unidades de Saúde Familiar (USF), o que deveria ser desenvolvido era a colaboração acentuada e essencial das farmácias no seguimento, apoio e vigilância do tratamento dos seus clientes, a sua ligação íntima às equipas médicas que os tratam e o cumprimento do “Compromisso com a Saúde” assinado em 2006.Em vez disso, desfazem-se previlégios em bom espirito igualitário da fasquia baixa que impera na nossa sociedade, feliz por ver acabar esses monopólios que fazem com que, como afirma, seguro de si, o jornalista do “Público” “...quem lá está não queira abrir mão desses paraísos...”!Assim vai o País!
Paulo Mendo, Médico e ex-Ministro da Saúde
Paulo Mendo, Médico e ex-Ministro da Saúde
quarta-feira, abril 18, 2007
ROSUVASTATINA
Segundo a análise da Prescrire, estamos perante um fármaco que:
- apresentou, no seu 1º ano no mercado, uma taxa de notificação de reacções adversas superior à Sinvastatina, Pravastatina e Atorvastatina (SPA)
- maior frequência de Efeitos Secundários a nivel Hepático em relação a SPA
- mais casos de rabdomiólise
- mais casos de insuficiência Renal
- mais efeitos secundários a nivel muscular (outros que não rabdomiólise)
Durante o 1ºano de mercado nos EUA, a Rosuvastatina foi responsável por 15 casos de rabdomiólise e insuficiência Renal por milhão de prescrições.
Comparando com a Cerivastatina (retirada do mercado) durante o seu 1º ano de mercado, a rosuvastatina apresentou uma maior incidência de reacções adversas, mas a rabdomiólise foi mais frequente com a Cerivastatina.
Para acabar, deixo-vos com a conclusão da Prescrire:
"In practice, it is best to use the two best-assessed statins: Simvastatin and Pravastatin."
Este post é dedicado ao Guidobaldo. LOL.
- apresentou, no seu 1º ano no mercado, uma taxa de notificação de reacções adversas superior à Sinvastatina, Pravastatina e Atorvastatina (SPA)
- maior frequência de Efeitos Secundários a nivel Hepático em relação a SPA
- mais casos de rabdomiólise
- mais casos de insuficiência Renal
- mais efeitos secundários a nivel muscular (outros que não rabdomiólise)
Durante o 1ºano de mercado nos EUA, a Rosuvastatina foi responsável por 15 casos de rabdomiólise e insuficiência Renal por milhão de prescrições.
Comparando com a Cerivastatina (retirada do mercado) durante o seu 1º ano de mercado, a rosuvastatina apresentou uma maior incidência de reacções adversas, mas a rabdomiólise foi mais frequente com a Cerivastatina.
Para acabar, deixo-vos com a conclusão da Prescrire:
"In practice, it is best to use the two best-assessed statins: Simvastatin and Pravastatin."
Este post é dedicado ao Guidobaldo. LOL.
sábado, abril 14, 2007
"Paying for Drug Approvals — Who's Using Whom?"
Este título é de um artigo do nejm. É uma excelente pergunta e que nos EUA está na ordem do dia, pois com a provável renovação da autorização, pelo Congresso, da Prescription Drug User Fee Act (PDUFA) e com a experiência dos primeiros 5 anos, é legítimo que perguntemos quem é que se está a servir de quem.
Aquilo que, no meu ponto de vista, parecia ser uma medida correcta. Colocar a IF a pagar elevadas taxas, para financiarem mais ensaios clínicos de segurança pós marketing, está a revelar-se um fiasco, senão vejamos:
- Não aumentou o nº de medicamentos retirados do mercado, desde a implementação do PDUFA.
- A taxa de aprovação de novos medicamentos cresceu.
O dinheiro da PDUFA, provavelmente está a ser usado para acelerar os processos de aprovação e não para a realização de estudos de segurança pós marketing.
Depois de ter visto o programa da SIC noticias, 60 minutos, que fala das relações obscuras da IF com os Congressistas.
Depois de lêr, no nejm isto:
"One FDA
scientist who was often criticized
for being too concerned about
drug-risk data was told by his supervisor
to remember that the
agency’s client was the pharmaceutical
industry. “That’s odd,”
he replied. “I thought our clients
were the people of the United
States.” Other agency staffers report
pressure to rush through the
drug-approval process, although
the FDA’s regulatory review times
are already among the shortest in
the world."
Questiono..........
- Será que os estados sem as taxas cobradas à IF conseguem levar a cabo todo o trabalho necessário para defender os interesses dos doentes?
- Será que pelo facto de a IF pagar, tem o direito de pressionar?
- Porque será que os funcionários das agências de Medicamentos se deixam pressionar?
A minha opinião é:
No meu ponto de vista, a IF deve pagar (e bem), para se poder levar a cabo uma série de RCT (pós marketing) que deveriam ser obrigação da IF, mas que na maioria das vezes não são realizados. O cerne da questão está nas agências e nas pessoas que as dirigem, não é admissível que a IF pressione as agências, nem que as agências se deixem pressionar pela IF. Não se pode continuar capturado pela IF e achar que é normal, que não Há nada a fazer. Se querem vender têm que pagar e esse dinheiro deve servir para realizar os ensaios de segurança de longa duração que a IF, na maioria dos casos não realiza.
Aquilo que, no meu ponto de vista, parecia ser uma medida correcta. Colocar a IF a pagar elevadas taxas, para financiarem mais ensaios clínicos de segurança pós marketing, está a revelar-se um fiasco, senão vejamos:
- Não aumentou o nº de medicamentos retirados do mercado, desde a implementação do PDUFA.
- A taxa de aprovação de novos medicamentos cresceu.
O dinheiro da PDUFA, provavelmente está a ser usado para acelerar os processos de aprovação e não para a realização de estudos de segurança pós marketing.
Depois de ter visto o programa da SIC noticias, 60 minutos, que fala das relações obscuras da IF com os Congressistas.
Depois de lêr, no nejm isto:
"One FDA
scientist who was often criticized
for being too concerned about
drug-risk data was told by his supervisor
to remember that the
agency’s client was the pharmaceutical
industry. “That’s odd,”
he replied. “I thought our clients
were the people of the United
States.” Other agency staffers report
pressure to rush through the
drug-approval process, although
the FDA’s regulatory review times
are already among the shortest in
the world."
Questiono..........
- Será que os estados sem as taxas cobradas à IF conseguem levar a cabo todo o trabalho necessário para defender os interesses dos doentes?
- Será que pelo facto de a IF pagar, tem o direito de pressionar?
- Porque será que os funcionários das agências de Medicamentos se deixam pressionar?
A minha opinião é:
No meu ponto de vista, a IF deve pagar (e bem), para se poder levar a cabo uma série de RCT (pós marketing) que deveriam ser obrigação da IF, mas que na maioria das vezes não são realizados. O cerne da questão está nas agências e nas pessoas que as dirigem, não é admissível que a IF pressione as agências, nem que as agências se deixem pressionar pela IF. Não se pode continuar capturado pela IF e achar que é normal, que não Há nada a fazer. Se querem vender têm que pagar e esse dinheiro deve servir para realizar os ensaios de segurança de longa duração que a IF, na maioria dos casos não realiza.
quinta-feira, abril 12, 2007
Acreditação de cursos universitários.
A notícia de hoje de que a Universidade Fernando Pessoa (UFP) vai exigir indemnização de 10 M€ à Ordem dos Arquitectos por não acreditar o seu curso de Arquitectura (link, link, link, link, link) faz-me pensar que este é um tema importante a debater no período eleitoral que se aproxima. Há nas declarações do reitor da UFP o claro anseio de que se faça jurisprudência a partir deste caso.
"As ordens profissionais têm que se remeter ao seu papel, de supervisão deontológica e de avaliação de eventuais actos de negligência, e não de reconhecimento ou acreditação de cursos..."
Ora aqui cria-se, quanto a mim, um problema. No caso da OF, os estatutos referem a acreditação do curso como condicionante ao acesso do título de Farmacêutico. É aqui que surge a minha dúvida, ou seja, se as Ordem são "parte integrante" do Estado e vêm os seus estatutos consagrados e aprovados em Assembleia da República das duas uma: ou há estatutos ilegais/inconstitucionais ou a OA não tem estatutos que prevejam a acreditação.
Em qualquer dos casos parece-me pertinente que a OF reveja a sua posição em relação a este ponto e será sempre aconselhável que se precaveja.
"As ordens profissionais têm que se remeter ao seu papel, de supervisão deontológica e de avaliação de eventuais actos de negligência, e não de reconhecimento ou acreditação de cursos..."
Ora aqui cria-se, quanto a mim, um problema. No caso da OF, os estatutos referem a acreditação do curso como condicionante ao acesso do título de Farmacêutico. É aqui que surge a minha dúvida, ou seja, se as Ordem são "parte integrante" do Estado e vêm os seus estatutos consagrados e aprovados em Assembleia da República das duas uma: ou há estatutos ilegais/inconstitucionais ou a OA não tem estatutos que prevejam a acreditação.
Em qualquer dos casos parece-me pertinente que a OF reveja a sua posição em relação a este ponto e será sempre aconselhável que se precaveja.
Sr. Pinto de Sousa......dois anos de desgoverno
Na entrevista de hoje ao PM, AKA sr. Pinto de Sousa, queria só relevar 3 pontos (muitos mais ficarão para comentar):
Têm por mau hábito pressionar a Comunicação Social com telefonemas directos aos responsáveis editoriais quando a situação lhe é adversa,
Demonstra alguma falta de carácter quando omite sua situação académica divulgada nos currículos dos cargos do estado, como se o grau académico fosse requisito imprescindível para exercer as suas funções que foram conquistadas por maioria em sufrágio popular,
Apoiou-se em decisões dos anteriores governos para sustentar a continuidade de algumas opções políticas de credibilidade duvidosa (…. leia-se OTA).
Têm por mau hábito pressionar a Comunicação Social com telefonemas directos aos responsáveis editoriais quando a situação lhe é adversa,
Demonstra alguma falta de carácter quando omite sua situação académica divulgada nos currículos dos cargos do estado, como se o grau académico fosse requisito imprescindível para exercer as suas funções que foram conquistadas por maioria em sufrágio popular,
Apoiou-se em decisões dos anteriores governos para sustentar a continuidade de algumas opções políticas de credibilidade duvidosa (…. leia-se OTA).
quarta-feira, abril 11, 2007
Costas laaaargas!!!
Guidobaldo:
Opinar sobre a profissão de farmacêutico tornou-se desporto de alguns. Vamos ver se não teremos de começar a opinar sobre outras profissões. Apesar de termos as costas largas, não somos propriamente sacos de treino de boxe. Se o padrão da terapêutica medicamentosa é o que é, provavelmente deve-se às margens das farmácias. Se há falhanços redondos no desempenho de hospitais, provavelmente deve-se aos farmacêuticos hospitalares. As colossais fortunas gastas pelo Ministéro da Saúde em sistemas ditos de informação e que pura e simplesmente não existem, devem-se à ANF. A permissividade dos hospitais à entrada de tecnologias de duvidoso e nunca demonstrado valor acrescido deve-se ao Núcleo Duro de Farmácia.
Os "numerus clausus" de medicina não têm qualquer impacto no sistema e nos serviços de saúde.
As vagas de acesso às especialidades médicas não têm modulado a decisão política ao longo dos anos.
A existência de escola privadas em todos, TODOS, os cursos de saúde, com excepção de Medicina é um mero acaso.
O facto do preço médio da consulta médica (privada) em Portugal estar muito acima da média da UE a 15 e da OCDE deve-se a um excesso de oferta.
A "cunha" deixou de ser um critério de internamento hospitalar.
A auditoria clínica é uma prática de rotina para a melhoria contínua da qualidade.
O erro médico só existe nos Estados Unidos da América.
De facto para alguns, médicos e não só, farmacêuticos é o que está a dar.
Opinar sobre a profissão de farmacêutico tornou-se desporto de alguns. Vamos ver se não teremos de começar a opinar sobre outras profissões. Apesar de termos as costas largas, não somos propriamente sacos de treino de boxe. Se o padrão da terapêutica medicamentosa é o que é, provavelmente deve-se às margens das farmácias. Se há falhanços redondos no desempenho de hospitais, provavelmente deve-se aos farmacêuticos hospitalares. As colossais fortunas gastas pelo Ministéro da Saúde em sistemas ditos de informação e que pura e simplesmente não existem, devem-se à ANF. A permissividade dos hospitais à entrada de tecnologias de duvidoso e nunca demonstrado valor acrescido deve-se ao Núcleo Duro de Farmácia.
Os "numerus clausus" de medicina não têm qualquer impacto no sistema e nos serviços de saúde.
As vagas de acesso às especialidades médicas não têm modulado a decisão política ao longo dos anos.
A existência de escola privadas em todos, TODOS, os cursos de saúde, com excepção de Medicina é um mero acaso.
O facto do preço médio da consulta médica (privada) em Portugal estar muito acima da média da UE a 15 e da OCDE deve-se a um excesso de oferta.
A "cunha" deixou de ser um critério de internamento hospitalar.
A auditoria clínica é uma prática de rotina para a melhoria contínua da qualidade.
O erro médico só existe nos Estados Unidos da América.
De facto para alguns, médicos e não só, farmacêuticos é o que está a dar.
JANUVIA- Blockbuster ou "nothing new"
Foi aprovada no passado dia 21 a AIM da sitagliptina (JANUVIA®) da MSD, pela EMEA, a qual já tinha sido aprovada pela FDA em Outubro do ano passado.
Nessa altura o Núcleo debruçou-se sobre esta nova molécula, questionando se seria ou não um verdadeiro avanço terapêutico.
O Destaque da Semana... hoje que é Quarta-Feira!
Esta situação teve início quando JC (não eu... o "big shot") reagiu de maneira intransigente, musculada e porventura intempestiva, aquando da proposta do governo de então, abrir as famosas farmácias sociais. O resultado dessa "revolta" das farmácias foi o do ódio visceral de alguma classe política que à hora certa jurou vingança. Pois ela aí está. Talvez uma estratégia de "low profile", "de toma lá, dá cá" na altura pudesse ter sido mais proveitosa, mas não foi essa a opção tomada. Desde então a estratégia têm sido outra, a de minimizar o prejuízo. Do mal, o menos. Entre negociatas, politiquices, avanços e recuos, chegámos a um novo ciclo. Como o Guidobaldo muito bem referiu no seu texto, a estratégia falhou; ou nunca existiu verdadeiramente. Pois bem, é hora de reunir as hostes e definir o que queremos para o futuro. Com novos players a entrar no mercado, os farmacêuticos e as farmácias não podem continuar a viver na conjuntura dourada dos anos 90. A diferenciação fará a força. Neste aspecto, terá fundamental relevância a OF, no papel do seu novo bastonário. O caminho não pode ser só traçado pela visão empresarial da ANF, mas também pela maior e melhor formação técnico-científica (pré e pós-graduada) alavancada pela ordem e instituições académicas. Uma verdadeira e séria integração das farmácias no actual modelo do serviço nacional de saúde suportada pelo acto farmacêutico, pelos serviços complementares e não só pela mera margem de venda do medicamento no acto da dispensa, acrescentaria à farmácia e ao farmacêutico uma verdadeira credibilidade política, profissional e social. Esta poderá ser uma visão utópica do rumo a tomar, mas com certeza seria uma mais-valia indiscutível.
domingo, abril 08, 2007
Inica-se hoje a semana que abre um novo ciclo político....
Guidobaldo:
Inica-se hoje a semana que abre um novo ciclo político para a profissão farmacêutica, as farmácias e os medicamentos. Polémico quanto baste - quantas vezes a decisão está mal ou insuficientemente fundamentada - eivado de ressentimentos políticos, e mesmos de fantasmas, o país vai ter um novo quadro que nasce mal.
Não se identifica uma razão de saúde pública;
Não se diagnosticou correcta e coerentemente a(s) necessidade(s) de mudança de modelo e de paradigma;
Não se adiantaram necessidades objectivas do SNS;
A alternativa é como a pescada: antes de ser já o era;
Os julgamentos em praça pública foram um instrumento de acção política;
A demagogia do argumento prevaleceu sobre a racionalidade das opções;
O aparentemente fácil abriu caminho ao ilusoriamente óbvio.
Houve, por parte dos farmacêuticos enquanto profissão organizada, uma clara incapacidade de antecipação política. Quando em 2004 a OCDE aponta para a desregulação das farmácias e da PROFISSÃO FARMACÊUTICA como um dos instrumentos necessários à prossecução da reforma do sistema português de saúde, nenhuma organização profissional ou entidade regulamentar ou reguladora reagiu ou questionou o que quer que fosse.
Há, por parte dos farmacêuticos enquanto profissão organizada, uma evidente falta de estratégia profissional face às mudanças antecipadas.
Em 2 anos não se investiu o suficiente, e muito menos o necessário, para que a opinião pública alterasse o seu sentido de apreciação e as suas referências sobre as necessidades que a profissão deveria, perante a sociedade, verificar.
Fora da profissão poucos são (profissionais de saúde ou não) que sabem e valorizam o que é, o que se faz, como se faz, para quem e a quem se faz o trabalho numa e de uma farmácia.
A percepção continua a ser, agora com maior acentuação, a de um negócio.
Gestores e administradores em saúde, com formação base diversa e diversificada, olhem a concorrência pelo preço como uma mais valia para os doentes.
Médicos (hospitalares e de família)e Enfermeiros participam activamente numa acalorada discussão sobre os serviços que o Governo propôe à prestação pelas farmácias cuja perspectiva é, para estas, demolidora. É bom que disto haja consciência.
Os actos próprios definidores de cada e das diferentes profissões são confundidos, misturados e baralhados. Sempre com o ónus de que o melhor desempenho se mede pelo volume de vendas.
Espero não desmerecer a vossa melhor atenção e que a discussão prossiga, viva, mas ponderadamente conduzida, aqui, no NÚCLEO DURO.
Inica-se hoje a semana que abre um novo ciclo político para a profissão farmacêutica, as farmácias e os medicamentos. Polémico quanto baste - quantas vezes a decisão está mal ou insuficientemente fundamentada - eivado de ressentimentos políticos, e mesmos de fantasmas, o país vai ter um novo quadro que nasce mal.
Não se identifica uma razão de saúde pública;
Não se diagnosticou correcta e coerentemente a(s) necessidade(s) de mudança de modelo e de paradigma;
Não se adiantaram necessidades objectivas do SNS;
A alternativa é como a pescada: antes de ser já o era;
Os julgamentos em praça pública foram um instrumento de acção política;
A demagogia do argumento prevaleceu sobre a racionalidade das opções;
O aparentemente fácil abriu caminho ao ilusoriamente óbvio.
Houve, por parte dos farmacêuticos enquanto profissão organizada, uma clara incapacidade de antecipação política. Quando em 2004 a OCDE aponta para a desregulação das farmácias e da PROFISSÃO FARMACÊUTICA como um dos instrumentos necessários à prossecução da reforma do sistema português de saúde, nenhuma organização profissional ou entidade regulamentar ou reguladora reagiu ou questionou o que quer que fosse.
Há, por parte dos farmacêuticos enquanto profissão organizada, uma evidente falta de estratégia profissional face às mudanças antecipadas.
Em 2 anos não se investiu o suficiente, e muito menos o necessário, para que a opinião pública alterasse o seu sentido de apreciação e as suas referências sobre as necessidades que a profissão deveria, perante a sociedade, verificar.
Fora da profissão poucos são (profissionais de saúde ou não) que sabem e valorizam o que é, o que se faz, como se faz, para quem e a quem se faz o trabalho numa e de uma farmácia.
A percepção continua a ser, agora com maior acentuação, a de um negócio.
Gestores e administradores em saúde, com formação base diversa e diversificada, olhem a concorrência pelo preço como uma mais valia para os doentes.
Médicos (hospitalares e de família)e Enfermeiros participam activamente numa acalorada discussão sobre os serviços que o Governo propôe à prestação pelas farmácias cuja perspectiva é, para estas, demolidora. É bom que disto haja consciência.
Os actos próprios definidores de cada e das diferentes profissões são confundidos, misturados e baralhados. Sempre com o ónus de que o melhor desempenho se mede pelo volume de vendas.
Espero não desmerecer a vossa melhor atenção e que a discussão prossiga, viva, mas ponderadamente conduzida, aqui, no NÚCLEO DURO.
sexta-feira, abril 06, 2007
Quatro hectares de paisagem protegida foram destruidos
Quatro hectares de paisagem protegida, integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, foram destruídos por ordem de um proprietário espanhol que pretendia limpar cerca de 40 hectares de terreno. Os trabalhos foram interrompidos por protesto da população.
Esta para mim é que é a notícia do dia.
Esta para mim é que é a notícia do dia.
quinta-feira, abril 05, 2007
A associação alendronato/colecalciferol chega à opinião pública...
Farmacêutica factura milhões com inovação duvidosa na osteoporose, in DN
"A farmacêutica Merck Sharp & Dohme, líder na venda de medicamentos para a osteoporose, está a facturar milhões de euros por ano com base numa 'falsa' inovação, que custa mais 12 euros por embalagem a cada doente do que o genérico. Ao Fosamax, a empresa adicionou a vitamina D (importante na absorção do cálcio), "que, na maior parte dos casos, é captada em quantidade suficiente com a mera exposição ao sol"...."
E quem terá levantado a lebre... agora já o mal está feito... ou será que o timing é o certo para despertar este tipo de sentimentos... é que vem aí uma baixa adicional de preços nos genéricos com maiores quotas de mercado... e quem está na primeira linha??? O alendronato... Ou será que é por a patente do alendronato ainda estar válida... Há aqui uma clara tentativa de denegrir a imagem da MSD que ainda lhe resta... também depois do efeito vioxx!!!
"A farmacêutica Merck Sharp & Dohme, líder na venda de medicamentos para a osteoporose, está a facturar milhões de euros por ano com base numa 'falsa' inovação, que custa mais 12 euros por embalagem a cada doente do que o genérico. Ao Fosamax, a empresa adicionou a vitamina D (importante na absorção do cálcio), "que, na maior parte dos casos, é captada em quantidade suficiente com a mera exposição ao sol"...."
E quem terá levantado a lebre... agora já o mal está feito... ou será que o timing é o certo para despertar este tipo de sentimentos... é que vem aí uma baixa adicional de preços nos genéricos com maiores quotas de mercado... e quem está na primeira linha??? O alendronato... Ou será que é por a patente do alendronato ainda estar válida... Há aqui uma clara tentativa de denegrir a imagem da MSD que ainda lhe resta... também depois do efeito vioxx!!!
Parlamentos Francês e Búlgaro rejeitaram hoje a liberalização da propriedade da Farmácia.
Eduardo Faustino:
"Participei num debate 25 de Março em Paris, no Pharmagora. A assistência eram farmacêuticos franceses, no debate participei eu, uma colega Norueguesa e dois colegas franceses e o moderador franceesO tema era Existirá uma excepção francesa?Basicamente eu apresentei a recente evolução no nosso país, quer sobre o ponto legislativo quer sobre os aspectos organizativos...Na altura trouxe uma revista com a posição dos principais candidatos às eleições presidenciais francesas sobre o tema da propriedade da farmácia ...Todos apoiam os Farmacêuticos franceses,...Só por cá que temos esta espécie de Imbeciloides governantis."
in "O Efervescente":
"Bulgária mantém propriedade exclusiva da farmácia pelo farmacêutico O governo búlgaro rejeitou uma proposta de alteração da Lei da Farmácia, que liberalizaria o sector. Caso passasse, a proposta permitiria que empresas e não farmacêuticos pudessem ser proprietários de farmácias. Esta notícia constituiu um duro golpe para a indústria farmacêutica do país, que estava na expectativa de que o processo de liberalização fosse avante, permitindo-lhe assegurar um papel mais activo no sector da farmácia. Na Bulgária, uma em cada três farmácias do país está integrada numa cadeia. Também há cadeias de farmácias independentes, bem como centrais de compras para farmacêuticos independentes. (fonte ANF)"
...
"Participei num debate 25 de Março em Paris, no Pharmagora. A assistência eram farmacêuticos franceses, no debate participei eu, uma colega Norueguesa e dois colegas franceses e o moderador franceesO tema era Existirá uma excepção francesa?Basicamente eu apresentei a recente evolução no nosso país, quer sobre o ponto legislativo quer sobre os aspectos organizativos...Na altura trouxe uma revista com a posição dos principais candidatos às eleições presidenciais francesas sobre o tema da propriedade da farmácia ...Todos apoiam os Farmacêuticos franceses,...Só por cá que temos esta espécie de Imbeciloides governantis."
in "O Efervescente":
"Bulgária mantém propriedade exclusiva da farmácia pelo farmacêutico O governo búlgaro rejeitou uma proposta de alteração da Lei da Farmácia, que liberalizaria o sector. Caso passasse, a proposta permitiria que empresas e não farmacêuticos pudessem ser proprietários de farmácias. Esta notícia constituiu um duro golpe para a indústria farmacêutica do país, que estava na expectativa de que o processo de liberalização fosse avante, permitindo-lhe assegurar um papel mais activo no sector da farmácia. Na Bulgária, uma em cada três farmácias do país está integrada numa cadeia. Também há cadeias de farmácias independentes, bem como centrais de compras para farmacêuticos independentes. (fonte ANF)"
...
quarta-feira, abril 04, 2007
Censura!!
Obrigado Guidobaldo por publicar aqui o meu “post censurado”. Também concordo com muito do que aqui foi dito sobre o SaúdeSA e o Xavier, mas já temos 30 anos de democracia (!?!) e apesar disso para um farmacêutico continuar a escrever nesse blog terá que proceder como antigamente para se iludir o lápis azul dos coronéis.Já agora aproveito para enviar em primeira mão, porque começo a achar deveras interessante este blog, o post que provavelmente virá a ser censurado amanhã no Saúde SA...“A veia liberalizadora deste governo continua fiel ao socialismo póstumo e ao marketing político dos reality shows!Depois de terem passado meio mandato a alterar e a tentar destruir compulsivamente o que de melhor funcionava ao nível do Sistema de Saúde – a assistência farmacêutica à população – o XVII Governo Constitucional vai finalmente começar a preocupar-se com os reais problemas do povo português no tocante à saúde, voltando-se para os hospitais.A proposta de lei sobre a liberalização da propriedade dos hospitais do SNS, PL 6969/2007, já se encontra em fase final de preparação e será aprovada em conselho de ministros ainda antes da saída de Correia de Campos. Segundo a PL 6969/2007:1.º- Quem pode ser proprietário de hospitais do SNS (actualmente apenas o Estado):a) A Sonae, grupo Mello e grupo Espírito Santo se o hospital em questão der lucro.b) A CGD se o hospital em questão não der lucro nem prejuízo.c) As câmaras municipais, se o hospital em questão for completamente inviável mas puder ser transformado em empresa municipal e ainda existirem boys desempregadosd) O Governo Regional da Madeira se o hospital ainda não tiver sido inauguradoe) O Grupo Amorim se houver possibilidade de urbanizar o hospital ao estilo “Dolce Vita Hospitalaria”f) Gasolineiras abertas 24 horas por diag) Gasolineiras abertas das 6h às 24h desde que o hospital não tenha serviço de urgênciash) Stanley Ho, se houver espaço para fazer uma sala de slots antes da entrada da urgênciai) A Câmara de Faro e Loulé se o hospital em questão puder ser transferido para dentro do Estádio do Algarve2.º- Não podem deter ou exercer, directa ou indirectamente, a propriedade, a exploração ou a gestão de hospitais do SNS:a) O Estado, por ter sido manifestamente incapaz de o fazer durante 25 anos;b) A ANF, para não haver o risco de o hospital vir a ser bem gerido, as contas serem pagas a tempo e horas e os doentes andarem satisfeitos;c) Associações representativas dos AH, das empresas de importação de automóveis topo de gama ou das agências de viagens, ou dos respectivos trabalhadores aparelhistas;c) Funcionários públicos;d) Carolina Salgado, mesmo que prove que sabe escrever;e) Luis Arouca e Rui Verde em simultâneo no mesmo hospital;Limites:- Nenhuma pessoa singular ou sociedade comercial pode deter ou exercer, em simultâneo, directa ou indirectamente, a propriedade, a exploração ou a gestão de mais de quarenta hospitais. O Estado tentou e foi o que se viu.- Para o preenchimento do limite referido no número anterior não são consideradas as concessões de SAPs nos hipermercados Modelo/Continente, na Makro, Jumbo e IKEA bem como as “Espécie de SAP” dos Intermarché e Ecomarché recentemente negociados no interior do país.3.º- Locais de prestação de cuidados médicos ao público:a) Pelos hospitais, nas suas instalações, ao domicílio ou em hotéis, através da Internet ou por sms, mediante cobrança das novas taxas;b) Pelos SAPs ou “Espécie de SAP”, nas suas instalações ou na mercearia mais próxima, ao domicílio ou em hotéis, através da Internet ou por sms, mediante cobrança das taxas antigas.c) Pelas lojas e restaurantes chineses já inspeccionados pela ASAE após compras superiores a 5 eurosPrevê-se a prestação do serviço de assistência em viagem a doentes em férias se existirem ambulâncias/maternidade disponíveis. Haverá também dispensa de medicamentos em embalagens ovo kinder chocolate após as consultas.4.º- Dever de colaboraçãoa) Os hospitais colaboram com a Administração Pública, ou com o que dela restar, na formulação e na execução de uma qualquer política de saúde, designadamente nas campanhas e programas de desresponsabilização governamental face à saúde e sempre que esteja em causa promoção da saúde e a luta contra a doença, vulgo ANF.b) Os hospitais divulgam publicamente as unidades de medicamentos dispensadas e o respectivo preço de aquisição. c) Os hospitais vão deixar de utilizar computadores, para que a aquisição da CPCHS pela CONSISTE seja um flop e tramar a ANF.Esta versão final aguarda apenas que José Sócrates tire a licenciatura e que Correia de Campos tire o doutoramento para ser assinada num domingo durante a final da Taça de Portugal.”Cordiais cumprimentos aos participantes deste blog, a nossa classe farmacêutica tem aqui indubitavelmente alguns dos seus melhores elementos! :)
Praialusitana
Praialusitana
segunda-feira, abril 02, 2007
Raul, Paul, Saul!!!
Porque um blog também serve para dar a conhecer estados de alma e disposições....
É que estou cansado do ver os nomes Paul, Saul e, principalmente, Raul mal escritos em toda a comunicação social... consultem o dicionário... até os há "online". De borla, "à borliu", não custam "nicles"... tipo PT "'tão a ver..."
Agora escrevam bem que eu explico mais uma vez, devaaaagaaariiiiinhoooo, RAUL, PAUL, SAUL!!! (Assim até as loiras compreendem!)
É que estou cansado do ver os nomes Paul, Saul e, principalmente, Raul mal escritos em toda a comunicação social... consultem o dicionário... até os há "online". De borla, "à borliu", não custam "nicles"... tipo PT "'tão a ver..."
Agora escrevam bem que eu explico mais uma vez, devaaaagaaariiiiinhoooo, RAUL, PAUL, SAUL!!! (Assim até as loiras compreendem!)
Núcleo Duro esteve lá!
EMEA: "30/03/07 - Press Release - European Medicines Agency recommends restricted use and strengthened warnings for Ketek "
Infarmed: "Alerta(s) de segurança (2007-03-29) - Ketek® – Restrição da utilização e reforço das advertências -
http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=512970"
O Núcleo Duro esteve lá... Terça-feira, Fevereiro 27, 2007.
Infarmed: "Alerta(s) de segurança (2007-03-29) - Ketek® – Restrição da utilização e reforço das advertências -
http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=512970"
O Núcleo Duro esteve lá... Terça-feira, Fevereiro 27, 2007.
domingo, abril 01, 2007
Programa "Mais Saúde" da RTPN
Sobre o recente programa "Mais Saúde" da RPTN recebemos as seguintes opiniões:
"Ontem vi o programa. Com muita atenção. Vamos ver como decorrerão os próximos. Este parecia um excerto de um qualquer tempo de antena em período eleitoral. Manuel Delgado prestou vassalagem ao seu superior hierárquico e ditou, aparentemente (isto é sempre negociado previamente), o caminho do discurso de CC (digo discurso porque o contraditório foi miserável). Os outros intervenientes limitaram-se a fazer pedidos públicos para satisfazer os seus interesses próximos dando sempre algo em troca (Como o mundo é belo... está belo... e irá manter-se belo...).
Vejamos como serão os próximos e vejamos como aparece Manuel Delgado...
Será a sua rampa de lançamento?
Será que temos novo MS na forja?
Talvez para a próxima legislatura?
Certo, certo é que a máquina continua oleada... e Sócrates nisso tem mãos de ouro..." por JFP
"Se CC, mais o come(nta)dor dito residente tivessem vergonha, ontem à noite, em vez de branquear a governança do MS teriam discutido casos como este:
Um serviço de medicina e enfermagem ao domicílio a preços reduzidos vai estar disponível a partir de segunda-feira na Maia, numa iniciativa pioneira em Portugal promovida por quatro juntas de freguesia daquele concelho dos arredores do Porto, noticia a agência Lusa.
«Esta não é uma área da competência das juntas de freguesia, mas sentimos a necessidade das pessoas e sabemos que o Serviço Nacional de Saúde não lhes dá resposta cabal», afirmou hoje à Lusa Mário Gouveia, presidente da Associação de Freguesias do Vale do Leça (AVALE), que lançou a iniciativa.
Serviço quer combater falta de médicos de família
O lançamento deste serviço, assegurado nesta primeira fase por médicos e enfermeiros em regime de voluntariado, pretende combater a falta de médicos de família e a consequente necessidade dos utentes terem que se deslocar de madrugada aos centros de saúde para poderem ter uma consulta médica.
O novo serviço estará disponível a partir de segunda-feira nas freguesias de Águas Santas, Gueifães, Milheiros e Pedrouços, onde residem cerca de 53 mil pessoas, das quais 18 mil não têm médico de família, apesar desta zona do concelho da Maia possuir cinco centros de saúde.
Mensalidades de dois euros
Para ter acesso a este serviço é necessário o pagamento de uma mensalidade de dois euros, custando as consultas ao domicílio três euros (enfermagem) e cinco euros (medicina geral).
«Neste momento, temos cerca de mil pessoas inscritas no serviço, o que, naturalmente, está abaixo das nossas expectativas, mas estamos conscientes que há muita gente que vai estar atenta e ver o que isto vale antes de se decidir a inscrever», salientou Mário Gouveia.
«Para nós, o mais importante é prestar o serviço e resolver o problema das pessoas, não é o número de inscritos», acrescentou o responsável, admitindo que as inscrições podem atingir cerca de cinco mil pessoas a curto prazo.
A residência numa das quatro freguesias da AVALE e a inscrição prévia são condições essenciais para poder ter acesso a este serviço, bastando depois ligar para o número de telefone indicado, apresentar o problema e esperar pela chegada do médico ou do enfermeiro.
«O telefonema é atendido por um técnico de enfermagem, que faz uma análise da situação e encaminha o problema para um médico, se for necessário», frisou Mário Gouveia.
Nesta primeira fase, o serviço vai funcionar em dois pólos - Pedrouços/Águas Santas e Gueifães/Milheiros - com um médico e um enfermeiro por equipa, apoiados por uma viatura.
A segunda fase, que deverá arrancar dentro de dois meses, envolverá a abertura de uma clínica para prestação de cuidados médicos de especialidade, que ficará instalada na sede da Junta de Freguesia de Milheiros.
Medicina dentária, cardiologia, oftalmologia, ginecologia e obstetrícia são algumas das especialidades que deverão ser disponibilizadas na futura clínica." por guidobaldo
...
"Ontem vi o programa. Com muita atenção. Vamos ver como decorrerão os próximos. Este parecia um excerto de um qualquer tempo de antena em período eleitoral. Manuel Delgado prestou vassalagem ao seu superior hierárquico e ditou, aparentemente (isto é sempre negociado previamente), o caminho do discurso de CC (digo discurso porque o contraditório foi miserável). Os outros intervenientes limitaram-se a fazer pedidos públicos para satisfazer os seus interesses próximos dando sempre algo em troca (Como o mundo é belo... está belo... e irá manter-se belo...).
Vejamos como serão os próximos e vejamos como aparece Manuel Delgado...
Será a sua rampa de lançamento?
Será que temos novo MS na forja?
Talvez para a próxima legislatura?
Certo, certo é que a máquina continua oleada... e Sócrates nisso tem mãos de ouro..." por JFP
"Se CC, mais o come(nta)dor dito residente tivessem vergonha, ontem à noite, em vez de branquear a governança do MS teriam discutido casos como este:
Um serviço de medicina e enfermagem ao domicílio a preços reduzidos vai estar disponível a partir de segunda-feira na Maia, numa iniciativa pioneira em Portugal promovida por quatro juntas de freguesia daquele concelho dos arredores do Porto, noticia a agência Lusa.
«Esta não é uma área da competência das juntas de freguesia, mas sentimos a necessidade das pessoas e sabemos que o Serviço Nacional de Saúde não lhes dá resposta cabal», afirmou hoje à Lusa Mário Gouveia, presidente da Associação de Freguesias do Vale do Leça (AVALE), que lançou a iniciativa.
Serviço quer combater falta de médicos de família
O lançamento deste serviço, assegurado nesta primeira fase por médicos e enfermeiros em regime de voluntariado, pretende combater a falta de médicos de família e a consequente necessidade dos utentes terem que se deslocar de madrugada aos centros de saúde para poderem ter uma consulta médica.
O novo serviço estará disponível a partir de segunda-feira nas freguesias de Águas Santas, Gueifães, Milheiros e Pedrouços, onde residem cerca de 53 mil pessoas, das quais 18 mil não têm médico de família, apesar desta zona do concelho da Maia possuir cinco centros de saúde.
Mensalidades de dois euros
Para ter acesso a este serviço é necessário o pagamento de uma mensalidade de dois euros, custando as consultas ao domicílio três euros (enfermagem) e cinco euros (medicina geral).
«Neste momento, temos cerca de mil pessoas inscritas no serviço, o que, naturalmente, está abaixo das nossas expectativas, mas estamos conscientes que há muita gente que vai estar atenta e ver o que isto vale antes de se decidir a inscrever», salientou Mário Gouveia.
«Para nós, o mais importante é prestar o serviço e resolver o problema das pessoas, não é o número de inscritos», acrescentou o responsável, admitindo que as inscrições podem atingir cerca de cinco mil pessoas a curto prazo.
A residência numa das quatro freguesias da AVALE e a inscrição prévia são condições essenciais para poder ter acesso a este serviço, bastando depois ligar para o número de telefone indicado, apresentar o problema e esperar pela chegada do médico ou do enfermeiro.
«O telefonema é atendido por um técnico de enfermagem, que faz uma análise da situação e encaminha o problema para um médico, se for necessário», frisou Mário Gouveia.
Nesta primeira fase, o serviço vai funcionar em dois pólos - Pedrouços/Águas Santas e Gueifães/Milheiros - com um médico e um enfermeiro por equipa, apoiados por uma viatura.
A segunda fase, que deverá arrancar dentro de dois meses, envolverá a abertura de uma clínica para prestação de cuidados médicos de especialidade, que ficará instalada na sede da Junta de Freguesia de Milheiros.
Medicina dentária, cardiologia, oftalmologia, ginecologia e obstetrícia são algumas das especialidades que deverão ser disponibilizadas na futura clínica." por guidobaldo
...
quinta-feira, março 29, 2007
Formação da Treta - Enésimo Capítulo da Crónica a "Treta Continua..."
Vladimiro Jorge Silva said...
Estou absolutamente indignado: a reunião de apresentação do "kit de recursos humanos", que dura "entre 60 e 90 minutos" e decorrerá (decorreu?) nas instalações da ANF de Coimbra foi creditada com 2,1 CDPs!!!!!Ou seja, uma reuniãozeca sobre assuntos não técnicos vale mais de 1/3 dos créditos que os autores deste blogue receberão quando concluírem a PG em Farmacoterapia!!!! Quem for a 3 destas reuniões terá mais créditos do que quem se pós-graduar!!!!O processo de atribuição dos CDPs é absolutamente imoral e deverá merecer a maior atenção do próximo BOF. Se fosse eu o BOF, quem participasse numa reunião dessas não só não ganharia uma única décima de crédito, como ainda perderia pelo menos dois créditos por estar a desperdiçar tempo útil de trabalho em reuniões de treta!!!
Estou absolutamente indignado: a reunião de apresentação do "kit de recursos humanos", que dura "entre 60 e 90 minutos" e decorrerá (decorreu?) nas instalações da ANF de Coimbra foi creditada com 2,1 CDPs!!!!!Ou seja, uma reuniãozeca sobre assuntos não técnicos vale mais de 1/3 dos créditos que os autores deste blogue receberão quando concluírem a PG em Farmacoterapia!!!! Quem for a 3 destas reuniões terá mais créditos do que quem se pós-graduar!!!!O processo de atribuição dos CDPs é absolutamente imoral e deverá merecer a maior atenção do próximo BOF. Se fosse eu o BOF, quem participasse numa reunião dessas não só não ganharia uma única décima de crédito, como ainda perderia pelo menos dois créditos por estar a desperdiçar tempo útil de trabalho em reuniões de treta!!!
RUPATADINA
Mais vulgarmente conhecido por Rinialer. link RCM
Estou espantado, como é que o INFARMED comparticipa um anti-histaminico H1 (data de comparticipação 05-07-2004) que não apresenta quaisquer vantagens relativamente aos outros anti histaminicos H1 de 2ª geração, com preço superior aos comparadores.
Aerius - €7,59
Rinialer - €9,68
Claritine - €7,63
Loratadina genérico - €4,89
De notar que a Rupatadina tem o mesmo metabolito activo que a Loratadina (Claritine), a desloratadina (aerius).
A comparticipação foi aprovada, com uma condição:
"A comparticipação deste medicamento, foi condicionada à celebração de um contrato com a empresa titular de AIM com o objectivo da, contados dois anos desde a entrada deste medicamento na lista de medicamento comparticipados, empresa apresentar evidência cientifica da mais-valia terapêutica do medicamento Rinialer® nas indicações terapêuticas aprovadas, através de estudos randomizados e controlados contra comparador activo e de um estudo de avaliação económica por forma a suportar uma favorável relação custo-efectividade deste medicamento face aos seus comparadores (anti-histamínicos H1 de segunda geração). Caso estes dados não sejam apresentados, o medicamento Rinialer® deverá reajustar o seu preço para o nível de preço das alternativas comparticipadas. "
in
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NO ÂMBITO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO
No RCM (actualizado em 01/09/2006), não vejo mencionado nenhum RCT com comparador activo.
Não encontro nenhum estudo de custo-efectividade que compare a rupatadina com os seus comparadores activos (se calhar vi mal, não procurei bem ou não tenho acesso).
No site da EMEA não aparece nada com Rupatadina. Provavelmente, obteve AIM através de procedimento nacional, não consegui confirmar.
FInalmente, gostaria que alguém me explicasse porque é que o Rinialer é €2 mais caro que os comparadores activos e €5 do que o genérico de referência? Será por ser da BIAL? Será do Guaraná?
Estou espantado, como é que o INFARMED comparticipa um anti-histaminico H1 (data de comparticipação 05-07-2004) que não apresenta quaisquer vantagens relativamente aos outros anti histaminicos H1 de 2ª geração, com preço superior aos comparadores.
Aerius - €7,59
Rinialer - €9,68
Claritine - €7,63
Loratadina genérico - €4,89
De notar que a Rupatadina tem o mesmo metabolito activo que a Loratadina (Claritine), a desloratadina (aerius).
A comparticipação foi aprovada, com uma condição:
"A comparticipação deste medicamento, foi condicionada à celebração de um contrato com a empresa titular de AIM com o objectivo da, contados dois anos desde a entrada deste medicamento na lista de medicamento comparticipados, empresa apresentar evidência cientifica da mais-valia terapêutica do medicamento Rinialer® nas indicações terapêuticas aprovadas, através de estudos randomizados e controlados contra comparador activo e de um estudo de avaliação económica por forma a suportar uma favorável relação custo-efectividade deste medicamento face aos seus comparadores (anti-histamínicos H1 de segunda geração). Caso estes dados não sejam apresentados, o medicamento Rinialer® deverá reajustar o seu preço para o nível de preço das alternativas comparticipadas. "
in
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NO ÂMBITO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO
No RCM (actualizado em 01/09/2006), não vejo mencionado nenhum RCT com comparador activo.
Não encontro nenhum estudo de custo-efectividade que compare a rupatadina com os seus comparadores activos (se calhar vi mal, não procurei bem ou não tenho acesso).
No site da EMEA não aparece nada com Rupatadina. Provavelmente, obteve AIM através de procedimento nacional, não consegui confirmar.
FInalmente, gostaria que alguém me explicasse porque é que o Rinialer é €2 mais caro que os comparadores activos e €5 do que o genérico de referência? Será por ser da BIAL? Será do Guaraná?
terça-feira, março 27, 2007
The Rise of In-Store Clinics — Threat or Opportunity?
domingo, março 25, 2007
Gosto desta conclusão...
...deste artigo: Eligibility Criteria of Randomized Controlled Trials Published in High-Impact General Medical Journals
Conclusions The RCTs published in major medical journals do not always clearly report exclusion criteria. Women, children, the elderly, and those with common medical conditions are frequently excluded from RCTs. Trials with multiple centers and those involving drug interventions are most likely to have extensive exclusions. Such exclusions may impair the generalizability of RCT results. These findings highlight a need for careful consideration and transparent reporting and justification of exclusion criteria in clinical trials.
Conclusions The RCTs published in major medical journals do not always clearly report exclusion criteria. Women, children, the elderly, and those with common medical conditions are frequently excluded from RCTs. Trials with multiple centers and those involving drug interventions are most likely to have extensive exclusions. Such exclusions may impair the generalizability of RCT results. These findings highlight a need for careful consideration and transparent reporting and justification of exclusion criteria in clinical trials.
sexta-feira, março 23, 2007
Sanidad muestra su apoyo a las farmacias españolas ante la futura directiva de la UE sobre servicios de salud
In Portalfarma.com
MADRID, 21 MarzoLa ministra de Sanidad y Consumo, Elena Salgado, confirmó hoy en el pleno del Congreso de los Diputados que el Ministerio que dirige ha mostrado su apoyo a las oficinas de farmacia españolas ante el sondeo iniciado por la Comisión Europea para establecer una futura directiva comunitaria sobre los servicios de la salud y la libre circulación de pacientes. De este modo, Salgado aseguró que ha pedido que se consideren las oficinas de farmacia dentro de los sistemas nacionales de salud dada "su especial implicación", afirmando que están en línea con la Ley del Medicamento y el Plan Estratégico de Política Farmacéutica que actualmente están en funcionamiento en España.Por ello, recordó que las farmacias son un servicio "muy valorado" por los ciudadanos ya que les permite disponer de inmediato de los medicamentos que necesiten sea cual sea su lugar de residencia y el ambito rural o urbano.Además, Salgado destacó que el régimen de planificación territorial de apertura de oficinas no impone ninguna limitación directa al trato nacional y la eventual prescripción se entiende "proporcionada y adecuada" al objetivo de proteger un nivel elevado de protección de la Salud Pública.La titular de Sanidad también citó la recientemente aprobada Ley de Sociedades Profesionales, que posibilita la adquisición de hasta un 25 por ciento por parte de terceros mientras que la autorización de nuevas oficinas está sujeta a una planificación sanitaria general orientada a garantizar una atención de calidad según las normas que rigen la prestación de estos servicios. Asimismo, recordó que con esta nueva normativa se puede exigir la presencia física del farmacéutico propietario en la farmacia.
MADRID, 21 MarzoLa ministra de Sanidad y Consumo, Elena Salgado, confirmó hoy en el pleno del Congreso de los Diputados que el Ministerio que dirige ha mostrado su apoyo a las oficinas de farmacia españolas ante el sondeo iniciado por la Comisión Europea para establecer una futura directiva comunitaria sobre los servicios de la salud y la libre circulación de pacientes. De este modo, Salgado aseguró que ha pedido que se consideren las oficinas de farmacia dentro de los sistemas nacionales de salud dada "su especial implicación", afirmando que están en línea con la Ley del Medicamento y el Plan Estratégico de Política Farmacéutica que actualmente están en funcionamiento en España.Por ello, recordó que las farmacias son un servicio "muy valorado" por los ciudadanos ya que les permite disponer de inmediato de los medicamentos que necesiten sea cual sea su lugar de residencia y el ambito rural o urbano.Además, Salgado destacó que el régimen de planificación territorial de apertura de oficinas no impone ninguna limitación directa al trato nacional y la eventual prescripción se entiende "proporcionada y adecuada" al objetivo de proteger un nivel elevado de protección de la Salud Pública.La titular de Sanidad también citó la recientemente aprobada Ley de Sociedades Profesionales, que posibilita la adquisición de hasta un 25 por ciento por parte de terceros mientras que la autorización de nuevas oficinas está sujeta a una planificación sanitaria general orientada a garantizar una atención de calidad según las normas que rigen la prestación de estos servicios. Asimismo, recordó que con esta nueva normativa se puede exigir la presencia física del farmacéutico propietario en la farmacia.
quinta-feira, março 22, 2007
Concorrência aumenta gastos do Estado na saúde
"Estudo da Universidade de Coimbra diz que a concorrência nos preços nos medicamentos faz aumentar a despesa do Estado.
A possibilidade de as farmácias fazerem descontos nos preços dos medicamentos vai levar estas unidades de saúde a “estratificar os clientes, ampliando os descontos em função dos seus critérios de riqueza, oferecendo incentivos à fidelização e ao aumento do consumo”. IN DIÁRIO ECONÓMICO
Até parece que a maré está a mudar...
A possibilidade de as farmácias fazerem descontos nos preços dos medicamentos vai levar estas unidades de saúde a “estratificar os clientes, ampliando os descontos em função dos seus critérios de riqueza, oferecendo incentivos à fidelização e ao aumento do consumo”. IN DIÁRIO ECONÓMICO
Até parece que a maré está a mudar...
ANTICORPOS MONOCLONAIS NA FARMACOTERAPIA
Este vai ser o tema da 1ª Conferência Nacional de Farmacoterapia. Nós como Blog de Farmacêuticos, não podemos deixar passar este evento de grande importância na afirmação da Farmacoterapia como especialização dos Farmacêuticos. Quais as vantagens? Quais os inconvenientes? Qual o seu impacto nos serviços e sistemas de saúde?
terça-feira, março 20, 2007
Alendronato "vencedor"
O NICE conduziu uma avaliação do alendronato, etidronato, risedronato, raloxifeno, relenato de estrôncio e a teriparatide para prevenção primária e secundária de fracturas osteoporóticas em mulheres na pós-menopausa, e assim fornecer orientação no seu uso ao NHS em Inglaterra e Gales. O Comité de Avaliação do NICE desenvolveu recomendações preliminares para o uso das referidas moléculas na prevenção primária e secundária da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. As conclusões desta avaliação deram como “vencedor” o alendronato na sua forma genérica, constituindo a sua relação custo/efectividade mais vantajosa que as outras moléculas em estudo.
segunda-feira, março 19, 2007
quarta-feira, março 14, 2007
CHEGARAM OS SALDOS!!!!!!!
Foi publicado hoje em Diário da Republica o Decreto-Lei que regula a metodologia para o cálculo dos preços dos medicamentos sujeitos a receita médica e dos MNSRM comparticipados. Uma das grandes "novidades" vem consagrada no art.3 do dito D/L n.º65/2007 que permite a prática de descontos pelas farmácias da parte não comparticipada pelo estado, e divulgá-los nas suas instalações.
Muitos Farmacêuticos já entraram em contacto com as grandes cadeias de hard discount (Lidl, minipreço,etc) para deles receberam o know how destas políticas canibalistas de preços, e sketchs dos próprios cartazes a afixar nas farmácias(quanto mais coloridos melhor)
Muitos Farmacêuticos já entraram em contacto com as grandes cadeias de hard discount (Lidl, minipreço,etc) para deles receberam o know how destas políticas canibalistas de preços, e sketchs dos próprios cartazes a afixar nas farmácias(quanto mais coloridos melhor)
sexta-feira, março 09, 2007
Decreto-Lei n.º 53/2007, D.R. n.º 48, Série I de 2007-03-08
Decreto-Lei n.º 53/2007, D.R. n.º 48, Série I de 2007-03-08
Ministério da Saúde
Regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina
Para quem tem veia liberalizadora... regular um "baguinho" não faz mal nenhum...
"GANDA CC!!!"
(Entretanto convém referir que nos países onde se liberalizou, as grandes empresas compraram, ganharam o mercado e finalmente fazem pressão para regulamentar de acordo com premissas do modelo que ajudaram a destruir... E esta hein?!?)
Ministério da Saúde
Regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina
Para quem tem veia liberalizadora... regular um "baguinho" não faz mal nenhum...
"GANDA CC!!!"
(Entretanto convém referir que nos países onde se liberalizou, as grandes empresas compraram, ganharam o mercado e finalmente fazem pressão para regulamentar de acordo com premissas do modelo que ajudaram a destruir... E esta hein?!?)
quarta-feira, março 07, 2007
AFINAL NÃO É SÓ CÁ!!!!
"A French survey has shown that healthcare professionals have limited awareness of the teratogenic and foetotoxic potential of commonly used drugs, and that, when they perceive a risk they tend to overestimate it."
Prescrire international
Fevereiro de 2007
Prescrire international
Fevereiro de 2007
domingo, março 04, 2007
terça-feira, fevereiro 27, 2007
O nosso dia-a-dia tem destas coisas...
O nosso dia-a-dia tem destas coisas...
"Um jornal "não sei quê", lançou uma notícia "não sei quando" de "qualquer coisa" sobre o antibiótico Ketek. E eu só tenho uma constipação e o médico prescreveu isto... acha que é seguro tomar?" - diz uma senhora preocupada à técnica Isabelinha, na farmácia. "Ó doutor Manuel, passa-se alguma coisa com o Ketek?" .
1º) Informação Infarmed MAIS RECENTE - Publish Date: 27-JAN-2006 03:31 PM:
Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/ALERTAS_DE_SEGURANCA/Ketek®%20(telitromicina)%20-%20Informação%20de%20segurança
Ketek® (telitromicina) - Informação de segurança
"Circular Informativa N.º 012/CAData: 2006-01-27Assunto: Ketek® (telitromicina) - Informação de segurança...A EMEA avaliou casos graves de insuficiência hepática associados à utilização de Ketek®. Após a avaliação preliminar, o Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) solicitou ao titular da autorização de introdução no mercado (AIM), a Aventis Pharma S.A., a alteração do Resumo das Características do Medicamento (RCM) de modo a reforçar as advertências sobre as alterações hepáticas. Esta medida de precaução ficará dependente da avaliação benefício-risco do medicamento, no âmbito do processo de renovação da AIM (...) Enquanto se encontra a decorrer a reavaliação de todos os dados, os prescritores deverão utilizar o Ketek®com precaução em doentes com insuficiência hepática. Os doentes deverão interromper o tratamento e contactar o seu médico se aparecerem sinais ou sintomas de doença hepática, tais como: perda de apetite, pele e olhos amarelados, urina escura, prurido e dor abdominal."
2º) EMEA, Product Information - 04/01/2007 Ketek
Disponível em: http://www.emea.europa.eu/humandocs/Humans/EPAR/ketek/ketek.htm
Ketek is indicated for the treatment of the following infections:In patients of 18 years and older: - Community-acquired pneumonia, mild or moderate- Acute exacerbation of chronic bronchitis- Acute sinusitis- Tonsillitis/pharyngitis caused by Group A beta streptococci, as an alternative when beta lactam antibiotics are not appropriate
3º) FDA, Posted 02/12/2007 - Ketek (telithromycin)
Disponível em: http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#chronological
FDA and Sanofi-Aventis notified healthcare professionals of revisions to the prescribing information, including a BOXED WARNING and a new Patient Medication Guide, for the antibiotic Ketek. Two of the three previously approved indications, acute bacterial sinusitis and acute bacterial exacerbations of chronic bronchitis, were removed from the prescribing information because the balance of benefits and risks no longer support approval of the drug for these indications. Ketek will remain on the market for the treatment of community acquired pneumonia of mild to moderate severity. In addition, warnings were strengthened for hepatotoxicity (liver injury), loss of consciousness, and visual disturbances. (...) The Patient Medication Guide, which must be distributed to all patients, informs them about the risks of the drug and how to use it safely.
Nota importante: eu apenas tive conhecimento da existência de uma informação recente sobre a segurança de Ketek porque estou registada na mailing list do MedWatch da FDA...
Ora, alguma coisa vai mal quando a informação sobre a segurança de medicamentos é divulgada ao público por um jornal "não sei quê", e eu, como profissional de saúde só tenho conhecimento porque, por acaso e porque até me considero ser pensante e gosto de estar informada, estou registada num sistema de divulgação sobre segurança, mesmo que seja norte-americano...
Muito para dissertar e pouco tempo para o fazer:
- o papel dos media na saúde pública (não se esqueçam das gaffes monumentais aquando do lançamento da vacina Gardasil: rádio e notas de rodapé de telejornais alegavam nova vacina para cancro do... CÓLON!!!!);
- o paradoxo da FDA de laxismo nas autorizações/rigidez na segurança;
- prescrição de telitromicina para uma constipação sem complicações;
- o papel da coitada da Isabelinha que não sabe o que dizer e o papel do Dr. Manuel, que cheio de boa vontade acede ao site do Infarmed, depois de meia-hora à espera, está claro!, e...
Desenganem-se aqueles que apenas querem que sejamos meros seres executantes...
"Um jornal "não sei quê", lançou uma notícia "não sei quando" de "qualquer coisa" sobre o antibiótico Ketek. E eu só tenho uma constipação e o médico prescreveu isto... acha que é seguro tomar?" - diz uma senhora preocupada à técnica Isabelinha, na farmácia. "Ó doutor Manuel, passa-se alguma coisa com o Ketek?" .
1º) Informação Infarmed MAIS RECENTE - Publish Date: 27-JAN-2006 03:31 PM:
Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/ALERTAS_DE_SEGURANCA/Ketek®%20(telitromicina)%20-%20Informação%20de%20segurança
Ketek® (telitromicina) - Informação de segurança
"Circular Informativa N.º 012/CAData: 2006-01-27Assunto: Ketek® (telitromicina) - Informação de segurança...A EMEA avaliou casos graves de insuficiência hepática associados à utilização de Ketek®. Após a avaliação preliminar, o Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) solicitou ao titular da autorização de introdução no mercado (AIM), a Aventis Pharma S.A., a alteração do Resumo das Características do Medicamento (RCM) de modo a reforçar as advertências sobre as alterações hepáticas. Esta medida de precaução ficará dependente da avaliação benefício-risco do medicamento, no âmbito do processo de renovação da AIM (...) Enquanto se encontra a decorrer a reavaliação de todos os dados, os prescritores deverão utilizar o Ketek®com precaução em doentes com insuficiência hepática. Os doentes deverão interromper o tratamento e contactar o seu médico se aparecerem sinais ou sintomas de doença hepática, tais como: perda de apetite, pele e olhos amarelados, urina escura, prurido e dor abdominal."
2º) EMEA, Product Information - 04/01/2007 Ketek
Disponível em: http://www.emea.europa.eu/humandocs/Humans/EPAR/ketek/ketek.htm
Ketek is indicated for the treatment of the following infections:In patients of 18 years and older: - Community-acquired pneumonia, mild or moderate- Acute exacerbation of chronic bronchitis- Acute sinusitis- Tonsillitis/pharyngitis caused by Group A beta streptococci, as an alternative when beta lactam antibiotics are not appropriate
3º) FDA, Posted 02/12/2007 - Ketek (telithromycin)
Disponível em: http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#chronological
FDA and Sanofi-Aventis notified healthcare professionals of revisions to the prescribing information, including a BOXED WARNING and a new Patient Medication Guide, for the antibiotic Ketek. Two of the three previously approved indications, acute bacterial sinusitis and acute bacterial exacerbations of chronic bronchitis, were removed from the prescribing information because the balance of benefits and risks no longer support approval of the drug for these indications. Ketek will remain on the market for the treatment of community acquired pneumonia of mild to moderate severity. In addition, warnings were strengthened for hepatotoxicity (liver injury), loss of consciousness, and visual disturbances. (...) The Patient Medication Guide, which must be distributed to all patients, informs them about the risks of the drug and how to use it safely.
Nota importante: eu apenas tive conhecimento da existência de uma informação recente sobre a segurança de Ketek porque estou registada na mailing list do MedWatch da FDA...
Ora, alguma coisa vai mal quando a informação sobre a segurança de medicamentos é divulgada ao público por um jornal "não sei quê", e eu, como profissional de saúde só tenho conhecimento porque, por acaso e porque até me considero ser pensante e gosto de estar informada, estou registada num sistema de divulgação sobre segurança, mesmo que seja norte-americano...
Muito para dissertar e pouco tempo para o fazer:
- o papel dos media na saúde pública (não se esqueçam das gaffes monumentais aquando do lançamento da vacina Gardasil: rádio e notas de rodapé de telejornais alegavam nova vacina para cancro do... CÓLON!!!!);
- o paradoxo da FDA de laxismo nas autorizações/rigidez na segurança;
- prescrição de telitromicina para uma constipação sem complicações;
- o papel da coitada da Isabelinha que não sabe o que dizer e o papel do Dr. Manuel, que cheio de boa vontade acede ao site do Infarmed, depois de meia-hora à espera, está claro!, e...
Desenganem-se aqueles que apenas querem que sejamos meros seres executantes...
sábado, fevereiro 24, 2007
Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2007 - Acrescentar Valor à Saúde
Decorre no próximo mês de Março o Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2007 - Acrescentar Valor à Saúde. Todos sabemos disso. Tem o programa que tem e muito poderemos falar disso (quando fui universitário organizei um congresso com programa semelhante - nós até estamos habituados a mais do mesmo...). Agora a pérola é a quantidade de membros do Clero que vão participar no congresso e que pertencem à comissão de honra. Senão vejamos:
S. E. = Sua Eminência
e
S. Exª = Sua Excelência
Ou será que quem fez o programa quereria dizer:
S. E. = Salvo erro Senhor Presidente da República....
Ah... e o dicionário ali tão perto...
terça-feira, fevereiro 20, 2007
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Agora é que CC fica sem "anti-gripal"... lá se vai o líder...
Recolha voluntária de vários lotes do medicamento Cêgripe
Circular Informativa N.º 015/CA Data:13/02/2007
Para: Divulgação geral
Contacto no INFARMED: Departamento de Inspecção – Dra Fernanda Ralha
Muito Urgente
Comunica-se que a firma Janssen-Cilag Farmacêutica, Lda., em virtude de se ter verificado que a redacção do texto do folheto informativo pode originar uma utilização inadequada do medicamento em crianças com idade inferior a 12 anos, está proceder à recolha voluntária dos lotes, constantes da tabela em anexo, do medicamento Cêgripe, pelo que o Conselho de Administração do INFARMED ordena a suspensão imediata da sua comercialização.
Com os melhores cumprimentos,
O Conselho de Administração
(Helder Mota Filipe)
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
BIGPHARMA'S IS WATCHING YOU!!!!
BIG PHARMA'S MEDICATION COMPLIANCE PROGRAMMES: JUST SAY NO!
"To comply or not to comply. For several years, pharmaceutical companies have been investing in new ways to retain their "customers", for example under the guise of programmes designed to help patients follow long-term treatment courses. Treatment compliance, i.e. the notion that a patient follows to the letter a treatment prescribed by a doctor or recomended by a pharmacist, has its good and bad sides. A patient who stops treatment to soon may suffer ill efects. Sometimes, however, a patient has good reasons for stopping treatment, because of adverse effects, for example, or inefficacy. The decision to continue or to stop long-term treatment can be a difficult one, and should be discussed by the patient and a healthcare profissional.
Pharmaceutical companies'intrusion into patient "coaching" started in the United States, where drugs are more heavily commercialised than in Europe. Pharmaceutical companies set their own prices in the Unites States, and can promote precription-only drugs directly to the public. "Medication compliance programmes", which are simply a sophisticated form of advertising, are flourishing. Such programmes are starting to enter France by the back door."
Revista Prescrire International
Fevereiro 2007
terça-feira, fevereiro 06, 2007
IRENE SILVEIRA CANDIDATA A BASTONÁRIA!!!
Segundo informações recolhidas pelo guidobaldo, a colega Irene Silveira está a reunir apoios junto da actual ordem e da anf. O que acham?
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Estudo do Sector das Farmácias em Portugal
"Da autoria dos investigadores António Rodrigues, Francisco Batel Marques, Pedro Lopes Ferreira e Vitor Raposo, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra (CEISUC), o "Estudo do Sector das Farmácias em Protugal" analisa a oferta de farmácias no nosso país e a procura aos seus serviços, tanto em termos de capitação de habitantes por farmácia, como através do número de lotes de receitas processadas por cada farmácia "
Passado o tempo necessário para ler e analisar este documento tão importante para a Farmácia como instituição de saúde em Portugal, é altura do "Núcleo Duro de Farmácia" dissecar a informação nele contido.
Vamos a isto!
Passado o tempo necessário para ler e analisar este documento tão importante para a Farmácia como instituição de saúde em Portugal, é altura do "Núcleo Duro de Farmácia" dissecar a informação nele contido.
Vamos a isto!
domingo, janeiro 28, 2007
Sem comentários.
Publicidade na revista Visão desta semana. Concerteza haverá mais publicações com esta pérola.
"O pneumococo é uma das principais causas de meningite nas crianças até aos 2 anos de idade. A proximidade com outras crianças é uma das formas de contágio da meningite pneumocócica, que é de todas as meningites a que poderá causar os maiores e mais graves danos cerebrais, motores e até mesmo levar à morte. Informe-se junto do seu médico."
Um conselho de: Sociedade Portuguesa de Pediatria.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
ESCOLHA DE COMPARADORES NOS RCT
Esta semana, no NEJM_link.
Voltamos ás velhas questões da IF.
Porque é que para cada patologia os comparadores activos não são definidos por uma entidade independente?? Será assim tão dificil?
Voltamos ás velhas questões da IF.
Porque é que para cada patologia os comparadores activos não são definidos por uma entidade independente?? Será assim tão dificil?
terça-feira, janeiro 23, 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Familial Hypercholesterolemia: a new start?
link@NEJM
Results All patients tolerated titration to the highest dose, 1.0 mg per kilogram per day. Treatment at this dose decreased low-density lipoprotein (LDL) cholesterol levels by 50.9% and apolipoprotein B levels by 55.6% from baseline (P<0.001 for both comparisons). Kinetic studies showed a marked reduction in the production of apolipoprotein B. The most serious adverse events were elevation of liver aminotransferase levels and accumulation of hepatic fat, which at the highest dose ranged from less than 10% to more than 40%.
Conclusions Inhibition of the microsomal triglyceride transfer protein by BMS-201038 resulted in the reduction of LDL cholesterol levels in patients with homozygous familial hypercholesterolemia, owing to reduced production of apolipoprotein B. However, the therapy was associated with elevated liver aminotransferase levels and hepatic fat accumulation.
Results All patients tolerated titration to the highest dose, 1.0 mg per kilogram per day. Treatment at this dose decreased low-density lipoprotein (LDL) cholesterol levels by 50.9% and apolipoprotein B levels by 55.6% from baseline (P<0.001 for both comparisons). Kinetic studies showed a marked reduction in the production of apolipoprotein B. The most serious adverse events were elevation of liver aminotransferase levels and accumulation of hepatic fat, which at the highest dose ranged from less than 10% to more than 40%.
Conclusions Inhibition of the microsomal triglyceride transfer protein by BMS-201038 resulted in the reduction of LDL cholesterol levels in patients with homozygous familial hypercholesterolemia, owing to reduced production of apolipoprotein B. However, the therapy was associated with elevated liver aminotransferase levels and hepatic fat accumulation.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
É um verdadeiro caso de distúrbio de personalidade: o Dr. CC e o Mr. Campos são duas pessoas completamente distintas.
O bom Dr. CC é um indivíduo do "lado esquerdo" do PS, com raízes no MES e amigo íntimo de personalidades como Jorge Sampaio ou Ferro Rodrigues. O Mr. Campos é um indivíduo convictamente neoliberal, que bebeu as melhores práticas desta filosofia directamente dessa enorme escola da vida que é o Banco Mundial.
O brilhante Dr. CC é o mais respeitado dos académicos da sua área científica, com um percurso fulgurante e uma escola de seguidores que o veneram, que o gostam de citar e aos quais deu aulas durante anos. O precipitado Mr. Campos é um indivíduo que decide primeiro e pensa depois, que modela as suas decisões com base na utilidade política do momento e que fabrica artificialmente evidências científicas para depois poder decidir com base nelas.
O ponderado Dr. CC reconhece o papel dos farmacêuticos no Sistema de Saúde Português e a importância estratégica da colaboração destes profissionais como ferramenta ao serviço da implementação de políticas do medicamento justas, economicamente sustentadas e que existam verdadeiramente na prática. O maléfico Mr. Campos utilizou a credibilidade de toda uma classe profissional como arma de arremesso político na sua birra contra a ANF e metodicamente tenta desmontar e cortar as pernas a todo um sistema farmacêutico do qual o país se deveria orgulhar.
Ocasionalmente, o Dr. CC prevalece sobre o Mr. Campos. No entanto, cada vez mais é este último quem manda, e na maioria das vezes as aparições do Dr. CC são meras esmolas para desviar as atenções da perversa agenda do Mr. Campos.